quarta-feira, 18 de abril de 2012

A Menina Que Roubava Livros

AVISO: se você é muito sensível, e chora facilmente, não leia A Menina Que Roubava Livros.
Caso contrário, compre agora mesmo. É simplesmente o livro mais lindo que já li. Fazem exatos 9 meses que terminei de lê-lo, mas aquelas palavras continuam ecoando em minha mente. A história dos personagens, o cenário, os fatos...Gente, eu amo muito aquele livro! Amo tanto, que nunca conseguiria descrevê-lo sem falar de mais. Então, vai aí o resumo:

"Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em "A Menina que Roubava Livros", livro há mais de um ano na lista dos mais vendidos do "The New York Times". Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido da sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, "O Manual do Coveiro". Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro de vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes.E foram estes livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto a sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar. Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal. Mas só quem está ao seu lado sempre e testemunha a dor e a poesia da época em que Liesel Meminger teve sua vida salva diariamente pelas palavras, é a nossa narradora. Um dia todos irão conhecê-la. Mas ter a sua história contada por ela é para poucos. Tem que valer a pena."  

E vale a pena mesmo. Se até a Morte se interessou pela história de Liesel, como eu poderia não me interessar?  Não só pela da Liesel, como a de todos os personagens: Ruddy, Hans, Ilsa Herman... Mas o meu favorito é Max, o judeu do porão. Em vez de ficar simplesmente se lamentando a todo momento por causa dos rumos da guerra, fica lá, todo gato, fazendo abdominal no porão (com o intuito de lutar contra um Hitler imaginário que aparece para ele) e escrevendo críticas metafóricas em um bloquinho de papel. Agora vai uma pergunta para os que já leram: vocês acham que há alguma possibilidade da Liesel ter se casado com Max no final? Sei lá, o pessoal me fala que é só um amor fraternal, etc. etc., mas eles ficam tão lindos juntos!
Agora, se prepara, porque até a pessoa mais fria do mundo se emociona com a história desse livro. Até eu chorei, e olha que dificilmente choro em livros. Mas aquelas lágrimas valeram a pena, com certeza valeram.


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